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O movimento maker nas salas de aulas

Você já ouviu falar no movimento maker?

O professor de psicologia Luciano Meira, especialista na relação entre cultura e maker e aprendizado, definiu ao Estadão que o movimento maker é voltado para a imersão do sujeito na prática, ao contrário do atual modelo educacional, centrado na teoria. Ou seja, trata-se do movimento faça você mesmo, que está chegando às salas de aula e conquistando muitos adeptos, entre professores e alunos. Uma pesquisa do Transformative Learning Technologies Lab, da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, identificou que os estudantes absorvem melhor o aprendizado, quando experimentam a prática antes da teoria.
 

3 exemplos de aplicação do movimento maker

White House Maker Faire – O governo dos Estados Unidos acredita que movimento maker pode impactar o futuro da América. No ano passado, o presidente Barack Obama recebeu makers de várias idades, para a White House Maker Faire, onde foram apresentadas diversas criações, entre elas: uma girafa robótica, um canhão de marshmallow e uma impressora de panquecas. O governo americano aproveitou o evento para ressaltar a importância de incentivar que toda a população adote o movimento maker, ganhando autonomia para produzir e não somente consumir. Estimular que as novas gerações aprendam fazendo pode tornar o aprendizado mais divertido e lúdico.

Projeto FabLab@School – O modelo FabLab@Escola foi criado pelo professor Paulo Blikstein, da Universidade de Stanford, inspirado nos FabLabs, voltados para adultos. O modelo consiste em oficinas digitais de baixo custo, equipadas com cortadores a laser, scanners 3D e ferramentas de programação, que potencializam o movimento maker. Existem cerca de 150 FabLabs ao redor do mundo e agora, os laboratórios de fabricação digital começam a chegar às escolas, equipados para produzir as criações dos estudantes. O fio condutor do projeto é a integração entre as disciplinas. Por meio da supervisão dos professores, os alunos colocam a mão na massa para desenvolver seus experimentos e aprendem, literalmente, fazendo.

Stance Dual School – Aqui no Brasil, também existem várias escolas e iniciativas que alavancam o movimento maker nas escolas. Um exemplo é a Stance Dual School, que promove a atividade extracurricular Fun Science, com crianças do 3º ao 9º ano do Ensino Fundamental. O professor de física Rui Zanchetta encoraja os estudantes a pensarem em soluções criativas e testarem na prática. Ele defende que as novas gerações precisam ser mais que meros consumidores de tecnologia e que podem ser produtores de tecnologia. O movimento maker é uma forma de preparar as crianças para criarem, pois a oportunidade de experimentar e testar seus conhecimentos na prática chama muito a atenção dos pequenos.
 

Como implantar o movimento maker na sua escola

Os professores que desejam implantar o movimento maker devem criar um planejamento, pois é preciso seguir alguns passos para o que o processo alcance os objetivos propostos. A metodologia maker tem uma fase de introdução, depois vem a experimentação, seguida pela prototipagem e por fim, os feedbacks. O professor deve conduzir os estudantes para cada uma das etapas, auxiliando na geração de ideias, resolução de problemas e descoberta de novas hipóteses. Durante o período de experimentação, as crianças desenvolvem o pensamento ágil e crítico, a comunicação e reflexão, entre outras habilidades.

No momento de prototipar as ideias, surgem inúmeras dificuldades, as restrições de recursos e os erros são constantes, mas servem para estimular a criatividade e a perseverança, deixando lições que irão acompanhar os estudantes em sua vida adulta.

Avaliar o impacto do movimento maker para a aprendizagem é essencial para orientar o plano pedagógico do professor, ao mesmo tempo que é positivo para o aluno, que pode refletir e entender sobre como melhorar nos próximos projetos.

Você estimula o movimento maker entre seus alunos?
Compartilhe conosco, nos comentários deste post, os resultados alcançados.  

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