Desde dezembro de 2014, todas as salas de Atendimento Educacional Especializado (AEE) de Fraiburgo (SC) contam com mesas digitais com jogos educativos, que funcionam como ferramenta ludopedagógica e apoiam o desenvolvimento cognitivo e motor de cerca de 170 crianças. Quando o objetivo é favorecer a educação inclusiva, diante de um contexto de ensino muitas vezes desafiador para professores e gestores, novos modelos de ensino e recursos inovadores ganham espaço.
Seguindo essa tendência, a Secretaria de Educação Municipal adquiriu 40 PlayTables e distribuiu os equipamentos nas Escolas de Educação Básica do município. De acordo com a professora do município Tatiana Carla Scalabrin, os professores que atuam nas salas de AEE recorrem a formação continuada tanto para trabalhar com os materiais disponibilizados pelo MEC como para conhecer e discutir a legislação referente a educação especial. “Para facilitar a assimilação da mesa digital como ferramenta, a coordenação pedagógica, os professores do atendimento especializado e as psicopedagogas participaram de uma capacitação promovida pela Playmove, que desenvolveu a PlayTable conta.
A importância da inclusão social de pessoas com deficiência, felizmente, tem sensibilizado cada vez mais pessoas e organizações. No campo da educação, os avanços se dão por meios institucionais, como a assinatura da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, e também no campo legal, com a Lei Federal 12.796/2013, que atualiza a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB/96) e exige que, até 2016, os municípios ampliem o número de vagas e tenham estrutura para oferecer educação especial nas pré-escolas.
Tecnologia e ludopedagogia combinadas para incluir
O principal objetivo da mesa digital para a educação do município é auxiliar os professores a explorarem habilidades de raciocínio, concentração, memória, compreensão e coordenação motora fina das crianças. A ferramenta também serve como está mulo cognitivo e motivacional e, de acordo com Tatiana, se destaca pela simplicidade de manuseio. “Os jogos são adequados para ajudar a superar as dificuldades de aprendizagem. Por isso acredito que podemos avançar em várias frentes”, afirma.
Segundo o nosso especialista em ludopedagogia, Cristiano Sieves, o planejamento de ações de inclusão no ambiente escolar depende basicamente de três fatores:
- mapeamento das necessidades de adaptação dos estudantes
- Infraestrutura escolar
- Um modelo pedagógico e um plano de ensino que sejam de fato inclusivos.
A ludicidade tem papel importante na educação e na socialização de crianças com necessidades especiais, mas incluir essas pessoas na dinâmica da sala de aula ainda é um desafio. Entre os caminhos possíves estão os jogos e brincadeiras que permitam a interação entre todas as crianças e a aposta em adaptações metodológicas, finaliza Sieves.
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