Brincadeiras são sempre momentos de descobertas e, por isso, fundamentais para o desenvolvimento físico, psicológico e cognitivo das crianças. Há, porém, diferenças entre atividades de lazer e de aprendizado, ou seja, entre jogos comuns e pedagógicos, e é importante que professores e pais saibam distinguir um do outro para intervir de forma positiva na vivência da criança, principalmente no contexto da escola.
Os jogos comuns são aqueles encontrados em lojas e comércios do varejo, com apelo a marcas e personagens de desenhos animados e filmes, geralmente focados em apenas entreter as crianças. Alguns deles podem até inibir a criatividade, a imaginação e a autonomia da criança e, por conta disso, elas rapidamente perdem o interesse pelo jogo. Por isso, recomenda-se que no ambiente escolar eles sejam usados somente em momentos de recreação livre e com restrições.
Já os jogos educativos e pedagógicos devem ganhar maior atenção de pais e professores, pois criam momentos lúdicos dentro do processo de ensino e aprendizagem. Além de desenvolverem diversos campos cognitivos, permitem assimilar conhecimentos sobre geografia, história, português, matemática e ciências de forma que dificilmente serão esquecidos.
Jogos eletrônicos: como identificar o mais adequado?
Entre os jogos eletrônicos (games), ainda prevalecem aqueles voltados ao entretenimento, sem uma base pedagógica. Mesmo assim, existem no mercado games pedagógicos que desenvolvem vários campos cognitivos da criança, como raciocínio-lógico, atenção e concentração. Para ajudar a guiar nessa escolha, enumeramos alguns fatores importantes a serem considerados pelos pais na escolha de um game eletrônico:
1) Faixa etária: games que não sejam adequados à idade da criança podem gerar frustração e, por consequência, o desinteresse pelo game;
2) Tema: alguns games apresentam temas ou ações não adequados, principalmente para as crianças pequenas. Expor a criança a conteúdos violentos ou impróprios para a sua idade pode gerar efeitos não agradáveis, deixando as crianças extremamente estimuladas ou até mesmo agressivas, e resultando em problemas como distúrbios no sono ou déficit de atenção;
3) Incentivo: priorizar games que estimulem a criatividade, a interpretação e a construção, incentivando a autonomia e o protagonismo;
4) Moderação: o game pode trazer muitos benefícios para as crianças, desde que elas também tenham outras experiências de aprendizado com os mais variados tipos de brinquedos e brincadeiras. Por isso, o uso sem limites de tempo não é recomendável.
Entre jogos comuns e pedagógicos, recomendamos sempre priorizar aqueles que, além da diversão, proporcionem também oportunidades de aprendizado para as crianças.