Uma pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) com a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) mostrou que 80% da população ainda não sabe lidar com o dinheiro. Segundo o Banco Central, 90% dos brasileiros adultos tem relação com instituições financeiras, mas 70% deles afirmam que não conseguem guardar dinheiro.
Um estudo do Big Data da Serasa Experian de 2016 apontou ainda que consumidores de 18 a 25 anos representam 15,7% da inadimplência no país. São cerca de 9,4 milhões de pessoas com dívidas atrasadas nesta faixa etária, detendo assim o segundo lugar no ranking de brasileiros negativados. Os dados são preocupantes e mostram que a educação financeira é um assunto que precisa estar em pauta desde cedo. E a sala de aula é o melhor ambiente para que o tema seja tratado de forma correta, auxiliando na formação das futuras gerações.
Em 2019, ele entra inclusive para a Base Nacional Comum Curricular. O formato de abordagem, no entanto, ainda causa dúvidas entre educadores e gestores escolares. Afinal, de que forma incluir o assunto sem que ele se torne apenas mais um conceito, mas que mostre, na prática, os efeitos da gestão correta de recursos?
Uma dica importante é contextualizar a gestão financeira com a rotina dos alunos. Trazer para a temática questões comuns do dia a dia, com abordagem multidisciplinar é essencial. Seja na explicação de questões como cálculo do Índice de Desenvolvimento Humano ou na aprendizagem sobre a moeda de cada país, dá pra mostrar ao aluno que o conhecimento é um recurso que muda a vida das pessoas.
As crianças irão aprender a contextualização de cada questão, entendendo de onde vem os resultados que são apresentados nestas e em outras matérias abordadas em sala de aula. Outra dica importante é mostrar que gestão financeira tem muito a ver com a qualidade de vida das pessoas e que existem diferenças importantes entre necessidades e desejos de consumo. Quando esse tipo de debate entra para o ensino regular, os alunos passam a ter uma visão mais crítica do modelo de sociedade em que vivem, percebendo que podem ser protagonistas e exercerem um papel de mudança em suas famílias e comunidades.
Aposte em debates que envolvem temáticas relacionadas indiretamente à gestão financeira, como os modelos econômicos e seus impactos, ou mesmo o histórico da comunidade em que a escola está inserida. Pode-se ainda programar ações de cálculos e gestão de recursos dentro da própria escola ou sala de aula, fazendo com que os alunos exerçam na prática o controle sobre alguns itens, seja no material escolar ofertado ou no uso consciente da água, da luz e dos alimentos.
Os jogos também são aliados na absorção do conceito de gestão correta de recursos. Isso porque, mais do que saber o que tem em mãos, a criança precisa aprender a administrar de forma sustentável as possibilidades. Uma das opções que a PlayTable traz para as escolas é o game Edu no Planeta das Galinhas, desenvolvido pela Educar 3.0. Nele, os alunos precisam auxiliar o porquinho astronauta protagonista da história a fazer a gestão de um galinheiro, alimentando as galinhas, trocando produtos no mercado e aumentando a produção de ovos Mais do que simplesmente cuidar da produção de ovos, os alunos terão que atingir metas de curto e longo prazo, negociar descontos e contratar cachorros para a segurança das galinhas.O jogo acompanha material para atividades em sala de aula, onde o educador poderá contextualizar o conteúdo do jogo,comparando a gestão financeira real.