A pré-escola é o espaço onde se inicia o ciclo da educação básica da maioria das crianças e o acesso a ela deve ser garantido a todas as crianças a partir dos 4 anos. O desafio se torna ainda maior com a Lei Federal 12.796/2013, que atualiza a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB/96) e exige que, até 2016, os municípios ampliem o número de vagas e tenham estrutura para oferecer educação especial nas pré-escolas.
Segundo a lei, é dever das prefeituras promover o desenvolvimento integral de todas as crianças, inclusive daquelas que têm necessidades educacionais especiais. Isso significa que, independentemente da estrutura e dos profissionais disponíveis, a pré-escola não pode negar matrículas alegando não saber como lidar com alunos especiais. Neste cenário, é importante que as escolas de educação infantil entendam o que é a educação especial, desenvolvam estratégias, treinem seus professores e coloquem seu planejamento em prática o quanto antes.
O que é educação especial e como promover
A educação especial é uma área de conhecimento que visa promover o desenvolvimento das potencialidades de pessoas com deficiências mentais e físicas, autismo, síndromes ou altas habilidades e superdotação. Em educação infantil, isso significa que elas demandam instrumentos didáticos e metodologias diferentes para alcançar as mesmas competências que outras crianças.
Para atender a essa necessidade, é fundamental que haja formação complementar e continuada dos profissionais de educação, com cursos de média e curta duração. Também é importante que a escola disponibilize recursos e tecnologia assistiva, promovendo condições de acessibilidade, como um lápis engrossado, para facilitar a escrita, ou recursos de alta tecnologia, como sistemas de audiodescrição ou outras formas de comunicação.
Além de toda essas estratégias, o melhor é começar a agir, ou seja, colocar todas as teorias em prática para poder enfrentar os problemas que surgirão. Um exemplo disso é o estudo feito em creches do município de Bananeiras, na Paraíba, que analisou a relação entre crianças portadoras de deficiência e seus professores e colegas. As acadêmicas observaram que as propostas de atividades da professora eram todas iguais, sem adaptação para os alunos com deficiência. Com isso, o aluno com baixa visão teve grande dificuldade em realizar as atividades e o aluno com Síndrome de Down não realizava nenhuma atividade educativa. Apenas participava de brincadeiras sem nenhuma proposta pedagógica clara. Para fazer esse tipo de análise, é preciso dar o primeiro passo, ou seja, pensar em novas estratégias de educação especial nas creches, aplicá-las, identificar erros e aprimorá-las.
E você? Já teve alguma experiência com educação especial nas pré-escolas?
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