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Como educar as crianças em relação à cidadania digital

As crianças estão cada vez mais inseridas no universo tecnológico e têm, desde cedo, facilidade para manusear celulares, tablets e computadores. Nesse contexto, um conceito importante de ser trabalhado é o de cidadania digital, que nas palavras do pesquisador Miki Ribble, é o uso responsável e apropriado da tecnologia. Para Juliano Kimura, fundador do Social Brunch, iniciativa para organizar a vlogosfera e blogosfera brasileira, muitas pessoas ainda não tiveram as orientações básicas para o uso da internet.

Escolas de outros países há anos já possuem uma matéria chamada Netiqueta, que ensina as crianças o que devem e não devem fazer nas redes sociais. Sem essa orientação, os brasileiros ainda usam apenas o bom senso. Dessa forma, o que publicar ou não acaba partindo das noções de viabilidade e exposição que cada pessoa tem. Quando o usuário é uma criança, é muito importante que haja o acompanhamento dos pais e professores no uso da Internet, para que eles possam distinguir situações seguras e contextos de riscos e para que os recursos tecnológicos sejam mais bem aproveitados. De forma simplificada, os adultos devem mostrar que, assim como há limites na vida real, eles também deve existir nos ambientes virtuais.

A seguir trazemos algumas dicas de como viabilizar o uso responsável da tecnologia e desenvolver a cidadania digital.
 

1. Conteúdos de acesso

Dentre os tópicos a serem avaliados, está a decisão sobre os tipos de conteúdo aos quais a criança poderá ter acesso. Nas escolas infantis e em casa, o mais importante é que a tecnologia esteja voltada para o aprendizado, a partir do estímulo a jogos educativos. Como já foi abordado neste blog, a proposta ludopedagógica contribui para o desenvolvimento do raciocínio lógico e da coordenação motora, além do contato com outros idiomas. É importante que haja diálogo e supervisão dos adultos para que as crianças tenham foco e não acessem na internet páginas inapropriadas para sua idade.
 

2. Segurança digital

Além disso, é necessário avaliar quais conteúdos pessoais estão sendo acessados pelas outras pessoas. Muitos pais permitem que os filhos tenham perfis em redes sociais desde cedo, o que pode trazer em problemas, já que na maioria das vezes, as crianças não têm noção sobre como a exposição pode trazer perigos. Dessa forma, adultos devem acompanhar o uso da web e orientar os pequenos sobre a pegada digital, para que as informações pessoais e fotos das crianças estejam direcionadas para amigos e familiares e não sejam vistas por estranhos. Ensinar como lidar com a abordagem de estranhos (romper a conversa e contar imediatamente aos pais) evita problemas futuros relacionados à invasão de privacidade da família e à pedofilia.
 

3. Tempo de navegação

Além do bom uso, pais e professores devem estabelecer limite de tempo que as crianças poderão usar os aparelhos eletrônicos. Pelo fato de os equipamentos serem interativos e despertarem a curiosidade, as crianças tendem a passar horas conectadas, deixando de lado os espaços de convivência e os deveres de casa. Por isso, é válido que os adultos estimulem a alfabetização digital, ou seja, a capacidade de saber como e quando usar a tecnologia.

A partir dessas três diretrizes, a proposta é que desenvolver a cidadania digital com as novas gerações, para que elas cresçam sabendo usar a tecnologia de maneira equilibrada e segura.

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