Você sabe como tirar proveito da ludopedagogia para estimular seus alunos com autismo?
Já citamos aqui no blog o quanto a ludicidade é importante para a educação e socialização de crianças deficientes. Hoje vamos citar algumas aplicações de atividades ludopedagógicas para a educação inclusiva de crianças com autismo.
O médico Drauzio Varella, na publicação “Seu filho tem autismo?“, informa que uma a cada cem pessoas é portadora de autismo. Os sintomas começam a aparecer por volta dos três primeiros anos de vida, quando a criança apresenta dificuldade para interagir socialmente, se comunicar e costuma ter comportamentos restritos e repetitivos. As atividades ludopedagógicas são uma alternativa eficaz para estimular o desenvolvimento de crianças autistas.
Como estimular autistas através de atividades ludopedagógicas
Conversamos com a professora Cirlene da Silva Amado, que atua na Escola Municipal Adelaide Starke, em Blumenau (SC), e ela compartilhou conosco algumas dicas sobre atividades ludopedagógicas com autistas.
1) Intensidade – O primeiro passo é ter clareza do nível de autismo da criança para propor atividades na intensidade e nível mais adequados.
2) Interesse – Identifique os principais interesses da criança e use-os como isca para fazê-la superar desafios simples, como fazer algum gesto ou buscar algum objeto.
3) Comunicação – É fundamental propor atividades que estimulem algum tipo de comunicação e contato visual. Além de explicar é importante demonstrar como funciona a atividade para motivá-la a fazer.
Tecnologia: possibilidades e aplicações
Os recursos tecnológicos também estimulam o desenvolvimento de autistas, desde que sejam focados em atividades compartilhadas. Em geral, os tablets não estimulam a interação porque a criança fica mais isolada, desenvolvendo atividades individuais.
Já uma mesa digital, como a PlayTable, favorece a socialização, pois a tela é maior e permite atividades ludopedagógicas em duplas ou grupos. Como o autista precisa aprender a se relacionar, as atividades ludopedagógicas desenvolvidas na mesa digital podem motivá-lo a interagir, principalmente quando são casos mais leves de autismo.
Quando as crianças jogam juntas aprendem a dividir, esperar a sua vez, ganhar e perder. São situações proporcionadas pelos games que refletem em outras interações sociais, como com colegas de escola, com a família e com os amigos.
A tecnologia, quando usada na medida certa, pode contribuir significativamente para o desenvolvimento emocional, social, motor e cognitivo de crianças autistas.
Busque atividades ludopedagógicas adequadas para cada nível de autismo sempre priorizando a socialização.
Compartilhe conosco quais são os maiores desafios que você encontra para estimular crianças com autismo, suas dúvidas podem inspirar nossos próximos posts.
