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Método TEACCH: tecnologias de apoio

O método TEACCH significa Tratamento e Educação para Autistas e Crianças com Déficits Relacionados à Comunicação (do inglês Treatment and Education of Autistic and related Communication-handicapped Children). Nasceu de um projeto de pesquisa que observou comportamentos de crianças autistas diante de certos estímulos e se tornou um programa educacional e clínico com prática psicopedagógica.

O método nasceu nos anos 1960 como uma resposta do governo norte-americano a reclamações de pais sobre a falta de atendimento especializado para crianças autistas. Foi implantado em salas especiais nas escolas públicas ao longo dos anos e sendo aperfeiçoado pelas trocas entre as teorias do Centro TEACCH (nos Estados Unidos) e as práticas pedagógicas.

Antes acreditava-se que as crianças não se comunicavam por escolha própria, mas, em 1967, Alpern constatou que havia dificuldades reais de aprendizagem e comunicação que precisavam ser consideradas nas aulas.

O TEACCH usa uma avaliação chamada Perfil Psicoeducacional Revisado (PEP-R) para avaliar e determinar pontos fortes, de interesse e dificuldades de uma criança, e a partir dela é montado um programa individualizado baseado na adaptação do ambiente para que a criança entenda o que se espera dela. A compreensão sobre a criança é mais aprofundada e o professor se apóia em ferramentas para desenvolver a independência do aluno.

A maioria das crianças autistas sentem dificuldade em aprender o “dar e receber” que acontece nas interações sociais, então os pais queixam-se da falta de interação dos filhos, da falta de contato visual, do aceite passivo de carinhos e da falha na leitura de intenções na fala.

Para auxiliar o desenvolvimento dessas crianças, as tecnologias educacionais e assistivas vêm trazendo evoluções.

Como usar a tecnologia para auxiliar crianças autistas

Ferramentas tecnológicas são grandes aliadas na educação porque jogos, aplicativos e vídeos deixam as aulas mais divertidas, despertam o interesse e fazem os alunos se engajarem mais. Quando se trata de crianças com autismo, a importância é ainda maior, visto que elas ampliam as possibilidades e auxiliam os professores a desenvolverem atividades específicas para tais alunos.

O autismo é complexo pois inclui uma série de condições de comportamento e nível intelectual que são muito individuais e envolvem dificuldade de comunicação e interação social. As tecnologias vêm para driblar essas condições.

O acesso à educação é garantido por lei a crianças autistas, portanto cabe às instituições de ensino adaptar, preparar e treinar professores, assim como empregar ferramentas para atender às necessidades dos alunos. A inclusão é fator-chave para o sucesso: não se trata de segregar para ensinar, mas, sim, de incluir a criança e ensiná-la de acordo com suas particularidades.

A tecnologia como apoio ao método TEACCH vem na forma de estímulos visuais e sonoros em dispositivos para comunicar uma lição. Ela é usada nesse caso como uma facilitadora, uma ponte para o aprendizado.

Jogos e recursos com comandos de voz podem incentivar autistas a iniciarem interações e darem os primeiros passos rumo ao desenvolvimento da comunicação dentro de suas capacidades.

As soluções tecnológicas também podem ajudar pais e professores na alfabetização, em questões como higiene pessoal e alimentação, e dar possibilidades às crianças autistas que elas não teriam sem tais ferramentas. Além de favorecer o processo de alfabetização, jogos, tablets, vídeos e outros recursos digitais também podem:

  • estimular a fala
  • despertar a atenção
  • trabalhar a concentração
  • dar oportunidades de expressão de emoções
  • apoiar as tarefas diárias
  • incentivar a integração social
  • fazer entender o ambiente ao redor da criança
  • ajudar a entender a linguagem não-verbal
  • auxiliar a criança na percepção do tempo e do espaço

É claro que deve haver equilíbrio nos processos educativos. A tecnologia na educação traz uma evolução considerável, sim, mas não deve ser usada sem restrições ou limites.

O equilíbrio entre o uso de aplicativos, por exemplo, e atividades que exijam presença física e contato se faz necessário para que a criança alcance a socialização e tenha as conquistas desejadas.

PlayTable no Centro Multiprofissional de Potencialização da Aprendizagem (CEMPA)

Entrevistamos Joelma Britto, psicopedagoga no CEMPA (Centro Multiprofissional de Potencialização da Aprendizagem) de Petrolina no estado de Pernambuco.

No CEMPA, as crianças têm acesso a vários tipos de tratamentos para potencializar a sua aprendizagem e a PlayTable faz um papel muito importante dentro do ensino estruturado da metodologia TEACCH, que é uma das abordagens mais recomendadas para o ensino de crianças com autismo ou deficientes intelectuais, totalmente apoiada pelo apelo visual e interativo da PlayTable.

Segundo a profissional, a PlayTable vem para agregar ao método TEACCH por ter uma organização pedagógica que complementa a prática de aprendizagem do espaço.

A PlayTable acompanha os alunos desde o início do atendimento até a alta da criança, trabalhando os vários níveis de aprendizagem de cada uma. O trabalho engloba atividades básicas, como sentar e esperar, até a aprendizagem pedagógica.

Para saber mais sobre esse caso de sucesso e como a PlayTable aliada ao ensino beneficiou várias crianças com autismo, assista ao vídeo completo com o depoimento da profissional abaixo:

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