Aulas convencionais pressupõe exercícios individuais, normalmente relacionados à decorar conceitos e repetir o que o professor está dizendo. Esse tipo de relação no processo de ensino aprendizado pode trazer consequências negativas no desenvolvimento da criança e na sua relação com a escola, entre elas a baixa auto-estima dos alunos que não conseguem se adaptar aos métodos propostos e dificuldade em construir sentido com o conteúdo ao qual está sendo exposto.
É contra essa lógica que são propostos os exercícios colaborativos. Em um ambiente colaborativo de aprendizagem, as ações são tomadas em conjunto e a história de vida de cada indivíduo é respeitada e valorizada na construção coletiva do saber – todos estão ali para aprender por meio da partilha de informações e impressões.
Nesse contexto, a função do educador é dar condições para que esse conhecimento seja construído de maneira participativa. Assim que se estabelece o vínculo de cooperação entre os alunos e entre alunos e professor, anula-se o distanciamento simbólico entre todos os sujeitos envolvidos e se abrem oportunidades para o aperfeiçoamento de adultos e crianças.
Para promover exercícios colaborativos, o professor deverá estar atento a histórias contadas pelos alunos sobre experiências cotidianas; às preferências e habilidades de cada um; à forma como os grupos estão organizados dentro de sala de aula.
Ao conhecer bem cada criança, o professor consegue fazer grupos com pessoas de diferentes perfis, estimulando o aprendizado mútuo com aqueles que são diferentes entre si. Estimular a colaboração entre as crianças permitirá que elas se tornem adultos que saberão trabalhar em grupo, conviver com diferenças e resolver problemas coletivamente.
Em um post futuro, elencaremos exemplos de exercícios colaborativos, que podem ser aplicados também em turmas em que há crianças com deficiência.
Até mais!