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Evasão Escolar como consequência da COVID19: Cinco pontos fundamentais para evitá-la

Que a pandemia da COVID-19 trouxe desafios para todos já é consenso da grande maioria. O meio educacional foi sem dúvidas um dos setores que teve suas problemáticas expandidas por conta das diferenças sociais entre os estudantes e comunidades escolares, nas tentativas de manter o setor funcionando.

Um dos mais evidentes reflexos no meio escolar, foi a evasão dos alunos com os fechamentos físicos das escolas. Vários estudos apontam que cerca de 20% dos alunos evadiram-se da escola em 2020. Essa taxa muda entre os segmentos, alguns deles são acima de vinte e outros abaixo, de qualquer forma, é uma perda muito significativa. 

Quase todos os estudos prévios associam essa evasão a dois principais problemas:

  1. Queda de renda: para escolas privadas essa informação é uma dura realidade, mas ela também está presente na escola pública e seus efeitos são ainda mais intensos, uma vez que parte dos estudantes não têm recursos para alimentação e muito menos acesso às tecnologias que os coloquem em contato com os educadores. Agrega-se a isso um aumento significativo em todas as regiões brasileiras do trabalho infantil, como alternativa de sustento das famílias das classes de renda inferior a um dólar por dia por pessoa;

  2. Barreiras tecnológicas: Como mencionamos no parágrafo anterior, as dificuldades são somativas e as barreiras em encontrar soluções de conexão com o meio escolar está presente em praticamente todas as desistências da escola em 2020;

Pois bem, diante desse cenário, listamos algumas alternativas que foram eficazes mundo afora, incluindo Brasil, tanto para redes de escolas privadas quanto para redes públicas. Algumas delas são fundamentais para a volta gradativa dos alunos.

  1. Acolhimento x diversidade: Quanto mais ações de acolhimento e ampliação do entendimento da diversidade social, melhores tem se saído as instituições educacionais, uma vez que o público encontra nelas um apoio fundamental em um momento de incertezas. Esse apoio transforma-se em fidelização da família com a instituição;

Algumas redes públicas de escolas foram pontos de distribuição de cestas básicas para as famílias, momento que os docentes voltaram a acenar para a comunidade a importância da escola e muitos estudantes puderam voltar a relacionarem-se com a mesma;

Redes de escolas privadas também serviram como suporte, com coletas de cestas básicas e roupas, donativos de modo geral, e também geraram engajamento de um público que tende a poder ajudar mais do que necessitar de ajuda.

Muitas instituições contaram com apoio de psicólogas e CRAS para campanhas de vídeos, lives na internet, programas de televisão, com ações em conjunto com especialistas nas ciências da saúde e nas ciências humanas;

  1. Transparência: Relacionado ao acolhimento e ao dinamismo, a transparência dos desafios e das ações que as instituições tomam para amenizar um efeito que é social é muito importante para a credibilidade da mesma. Isso gera confiança e mais um elo de relação de necessidade dessa escola como fonte de apoio;

  1. Professores: Nenhuma ação de sucesso na escola pode ser realizada sem o engajamento dos professores. O trabalho de todos os envolvidos com educação aumentou com a pandemia e o engajamento das equipes docentes e coordenação foram e são essenciais para evitar a evasão escolar, pois o trabalho humano gera empatia;

  1. Dinamismo: alternativas de ensino foram criadas, desde o envio de materiais para os alunos, distribuição de sinais de wifi em comunidades específicas, sala de aula invertida, sites que interagem com celulares, games e vídeos específicos, aulas de música online e atendimento individualizado com uso de ferramentas tecnológicas, como a Playtable;

  1. Tecnologias: Todas as tecnologias viáveis disponíveis podem e devem servir como forma de comunicação, de apoio a eventuais campanhas de acolhimento, de retirada de material e de todas as ações que a rede escolar possa propiciar.

Conforme indicamos no parágrafo anterior e, conforme viabilidade, o atendimento individualizado de grupos com especificidades é uma interessante alternativa – o cenário de cada cidade que vai ditar essa possibilidade. Por exemplo: estudantes com necessidades especiais que desempenham bem com a Playtable podem ser atendidos individualmente em algum momento na escola a fim de praticar games, vídeos e todas as possibilidades da mesa. Com certeza os pais dessa criança ficarão muito felizes com essa ação.

Existem alternativas que são mais viáveis que outras, dependendo do cenário da sua instituição, mas nada que o bom senso da escola em conjunto com o público não possam torná-las possíveis. O desafio é de todos e o engajamento da comunidade escolar é essencial para evitar a evasão.

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