A ludopedagogia é um conceito que traz uma série de benefícios para a educação. Aprender brincando é sempre mais interessante e as crianças tendem a ter mais concentração quando os assuntos são expostos de maneira lúdica.
E não é só na escola que o conceito se aplica, mas também na saúde. E foi isso o que fez a fonoaudióloga mineira Geórgia Pereira Nejaim. No consultório da profissional, que atende de crianças a idosos, 21 games da PlayTable se tornaram aliados na evolução dos pacientes.
O universo lúdico se tornou não só um diferencial nos tratamentos, como uma motivação a mais para os pacientes, especialmente as crianças. Com os jogos elas trabalham questões como coordenação motora, conhecimento e pronúncia dos fonemas e coordenação psíquica. É o caso de pacientes como o Enzo Negreiros Pereira De Magalhães, de 9 anos.
Com diagnóstico de paralisia cerebral, ele encontrava dificuldade na execução de movimentos ligados à coordenação motora fina, como pinça ou apreensão de objetos pequenos. Dentre vários jogos usados na terapia, ele vem demonstrando excelentes resultados na alfabetização, com o uso do Papa Letras. Na atividade ele precisa arrastar as letras faltantes para formar/completar as palavras. Através de ferramentas lúdicas e divertidas, ele vem se superando, com melhora dos movimentos e aprimoramento dos aspectos que envolvem atenção, concentração e memória. explica Geórgia.
A cada dia vivemos mais inseridos no mundo digital e os pacientes sempre se sentem mais engajados quando optamos por oferecer terapia que contemple tal avanço. A fonoaudiologia é uma ciência muito vasta e ampla, que da suporte do recém-nascido ao idoso. A PlayTable complementa as sessões trabalhando aspectos de coordenação motora, memória, noções espaciais, imaginação, criatividade, cálculos, aquisição fonêmica e principalmente, propiciando maior interação e trocas dialógicas, avalia.
Entre as patologias que são tratadas com o apoio da PlayTable estão a paralisia cerebral, autismo, afásicos, síndrome de down, déficit de atenção, alteração do processamento auditivo, discalculia. O progresso pode ser desde uma troca de olhar, um convite para assentar ao lado, uso do toque para ajudar na escolha do jogo, até o início de uma vocalização, nomeação espontânea, memória aprimorada ou maior habilidade da coordenação motora fina, destaca Geórgia.
Para a fonoaudióloga, a motivação que a tecnologia aliada ao universo lúdico traz, garante que os pacientes se sintam mais acolhidos nas consultas. Tenho paciente que fica eufórico para entrar em terapia. É maravilhoso ver o avanço de cada pessoa, desde a criança aprendendo as primeiras palavras, ao idoso buscando resgatar as que perdeu, ressalta.
Diariamente, dos cerca de 20 pacientes atendidos por ela na Clínica Infantus, 12 são beneficiados com apoio da PlayTable. A clínica conta com diversos especialistas áreas da saúde.
