A tecnologia trouxe uma série de benefícios para a população. Porém, a super exposição e as redes sociais cada vez mais presentes, inclusive na vida de crianças e adolescentes, acabam gerando um sério problema: o cyberbullying. Já conhecido pelos pequenos nos corredores escolares, o bulliyng é caracterizado por uma série de atos violentos e repetitivos que podem causar danos psicológicos à vítima. E a prática acabou chegando ao universo online, em que a repercussão é quase imensurável.
Uma pesquisa da Intel Security, realizada no Brasil com 507 crianças e adolescentes de idades entre 8 e 16 anos, mostra que a maioria (66%) já presenciou casos de agressões nas mídias sociais. Cerca de 21% afirmaram que já sofreram cyberbullying e grande parte das vítimas tem entre 13 e 16 anos.
Isso significa que o assunto exige atenção dos educadores. Mais que isso: cabe a estes profissionais o apoio na conscientização sobre o problema e a execução de atividades que ajudem a acabar com a prática nas escolas. Veja algumas dicas para aplicar em sala de aula:
Rodas de conversa entre os estudantes: a mediação de conflitos e abertura para o diálogo são os primeiros passos para acabar como bullying e cyberbullying. Mais do que adotar uma postura de condenação, cabe ao educador conversar com os envolvidos e deixar claro os prejuízos que a prática traz. E não apenas para a vítima, mas também para o agressor. Muitas vezes, praticar bullying é uma válvula de escape da criança para um problema maior. Se sentir acolhida é fundamental para que ela reflita sobre seus atos. Em sala de aula, é importante criar um ambiente de confiança, que nem sempre surge rapidamente. Colocar o tema em pauta e transformar as rodas de conversas (sobre este e outros assuntos que sejam comuns em cada fase de desenvolvimento dos alunos) faz com que eles percebam que podem confiar nos professores.
A participação dos pais é fundamental: convide a família para participar de discussões sobre o tema, envolva não só os pais de possíveis envolvidos em casos de bullying, mas toda a comunidade escolar. Conhecimento é essencial para que também em casa a prática possa ser detectada e prevenida. Muitos estudantes acessam as redes sociais apenas no ambiente familiar e os responsáveis precisam saber sobre o assunto para criar uma relação de transparência com as crianças.
Promova atividades que exijam a participação e cooperação de todos: estudantes com dificuldade de aprendizagem ou algum tipo de deficiência são, infelizmente, alvos comuns do bullying. Por isso, atividades que promovam a interação de toda a turma ajudam o professor a mostrar que cada um é diferente – e isso é completamente normal. Uma dica é utilizar, em sala de aula ou atividades extracurriculares, games que possam ser jogados por todos e compartilhar com mais jogadores. A PlayTable disponibiliza uma série de games que podem ser usados por até quatro crianças ao mesmo tempo, contam com graus de dificuldade, a tela da mesa é sensível ao toque de materiais como pincéis, que irão ajudar crianças com dificuldades motoras.
Conte com material de apoio: atualmente a literatura brasileira já conta com diversas publicações que tratam sobre o tema. Algumas são voltadas para os estudantes, como o portal Chega de Bullying. Há ainda publicações especiais para auxiliar o professor no combate ao bulliyng e cyberbullying, como a cartilha do Conselho Nacional de Justiça e a apostila para a prevenção do cyberbullying dirigida aos adolescentes, que contém dicas para educadores e pais