O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) normalmente surge na infância e acaba acompanhando o indivíduo durante toda a vida. É caracterizado por desatenção, inquietude e impulsividade. Em sala de aula, é um componente desafiador para o desenvolvimento do aluno.
Professores que trabalham com estudantes com TDAH precisam estar preparados para lidar com estas diferenças em relação à aprendizagem e criar mecanismos de apoio ao desenvolvimento da criança.
Confira algumas dicas:
– Sentando na frente: para especialistas no assunto, crianças com TDAH precisam estar nas primeiras fileiras da sala de aula. Assim elas estão mais próximas visualmente do professor, facilitando o contato entre ambos. Neste local é mais difícil ela ser exposta a fatores que acabam distraindo a atenção do aluno.
-Linguagem simples e objetiva: crianças com déficit de atenção se entediam facilmente e por isso precisam de uma comunicação simples e direta, repetindo o conteúdo durante a aula. Use o tom de voz como arma para chamar a atenção, alternando durante a aula, interagindo através de perguntas para que o aluno possa se desafiar a entender o que está ocorrendo no ambiente de ensino.
– Cuidado com as críticas: apontar as falhas de desempenho pode tornar o aluno uma criança introvertida e cada vez mais desligada das ações em sala de aula. Por isso, é importante que as correções sejam ligadas a novos desafios, nunca apenas apontando erros. Quando o aluno não conseguir concluir determinada atividade, é interessante apresentar o mesmo conteúdo de outra forma, para que possa ter uma segunda chance de aprendizagem.
-Dinamismo na aula: crianças já são extrovertidas naturalmente, Quando sofrem de TDAH, fica ainda mais difícil ficar sentadas, em silêncio, durante vários minutos. Aulas com trabalhos em grupo, discussões, leituras em voz alta, ajudam não só na assimilação do conteúdo, mas também na criação de um ambiente colaborativo.
– Recursos visuais: muita gente acredita que uma criança com TDAH irá se distrair ainda mais se o professor utilizar recursos visuais ou jogos em sala de aula. Na realidade, é a forma como estes materiais serão apresentados que conta. Jogos que apoiam o raciocínio, memória e que contem com sequências lógicas vão auxiliar a criança na assimilação do conteúdo. No caso da PlayTable, um exemplo é o Meu Jardim, jogo de montar, em que a criança precisa completar o quebra-cabeça e, para isso, avaliar as formas e posição das peças. A concentração é estimulada na atividade, melhorando o desempenho do aluno.
– Rotina como aliada: já no início do ano letivo, estabeleça regras e a rotina em sala de aula. Crianças com TDAH nem sempre percebem os limites da relação entre a brincadeira livre e o momento de atividades dirigidas. Por isso, tudo isso precisa estar bem claro. Não abra mão de recursos que vão auxiliar neste controle, como a explicação passo a passo de qualquer atividade, o uso do relógio para se determinar o tempo de cada atividade, quadros com letras e números para organização temporal e espacial.
– Ambiente de trabalho organizado: além de sentar próximo ao professor e colegas que possam auxiliá-lo, é importante estimular o aluno a manter na carteira apenas objetos essenciais para a atividade que será realizada. Assim, ele evita se distrair com materiais desnecessários que ficarão ao seu alcance.
Além dessas ações, existe a Cartilha da Inclusão Escolar, desenvolvida por diversas entidades relacionadas a transtornos de atenção e ao setor educacional. Nela você encontra uma série de dicas para garantir melhor desempenho em sala de aula.