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Como usar a Ludopedagogia para o trabalho psicopedagógico

Além de assessorar a equipe escolar em questões ligadas ao processo de ensino aprendizagem, o psicopedagogo é um personagem central na inclusão de crianças com deficiência e na busca pelas melhores práticas para o dia a dia da instituição. Neste contexto, a ludopedagogia é uma ferramenta de grande auxílio para que o profissional possa desenvolver suas atividades de forma assertiva.

Na maioria das vezes, crianças com dificuldade de aprendizagem ou algum grau de deficiência não conseguem se concentrar com técnicas tradicionais apresentadas em sala de aula. Somado a isso, ocorre o fato de que ao não acompanhar a turma, ela se sente deslocada e excluída do círculo escolar.

Além disso, o psicopedagogo sabe que está lidando com uma nova geração de alunos cada vez mais adepto à tecnologia e aos recursos visuais. Essas características comuns nos nativos digitais são também grandes desafios dentro da psicopedagogia. Afinal, como oferecer, juntamente com a equipe escolar, atividades que promovam a inclusão, a aprendizagem e atraiam a atenção? Com a ludopedagogia, que traz práticas e dinâmicas baseadas no brincar para aprender, o dia a dia pode se tornar muito mais produtivo.

Confira algumas dicas para inserir este conceito no trabalho psicopedagógico:
 

  • Musicalização: utilizar a musicalização auxilia as crianças a desenvolverem suas formas de expressão, melhora a interação com o grupo, socialização, coordenação motora e raciocínio. Uma prática interessante é a construção de instrumentos musicais pelas próprias crianças. Elas irão descobrir que, ao reciclar alguns materiais poderão extrair deles sons e criar melodias. Latas de alumínio e garrafas pet são ótimos materiais para esse tipo de dinâmica.
     
  • Para crianças até seis anos: jogos de construção são boas opções. Estimulam a imaginação e a criatividade, além da coordenação motora. Na pré-escola, aprendizagem está baseada também em conceitos como colaboração, trabalho em equipe, convivência em sociedade e todas as questões de autonomia.
     
  • Brincadeiras pensadas de acordo com a limitação das crianças: pode ser por conta da idade ou até mesmo para incluir algum colega com necessidade especial, é importante que dinâmicas e atividades lúdicas sejam pensadas de acordo com a individualidade de cada aluno. Como o trabalho geralmente é desenvolvido de forma individual, é importante verificar quais os games, jogos e dinâmicas mais indicados para cada idade. Por ser desde a identificação de cores, quantidades ou formatos, até atividades que auxiliem na interpretação de textos, ou memorização de determinados conteúdos pedagógicos.
     
  • Games e brincadeiras que acompanham o modo de pensar da criança: os alunos, principalmente em anos iniciais, tem um modo totalmente diferente dos adultos de assimilar conhecimentos. Eles possuem um jeito próprio de pensar e muitas vezes a explicação tradicional não consegue entrar no mundo delas. Por isso jogos educativos as ajudam a entender diversos conceitos. É o caso, por exemplo, da Central de Atividades, da PlayTable. São mais de 200 exercícios que auxiliam no desenvolvimento do raciocínio e da coordenação motora. O psicopedagogo pode criar atividades personalizadas de acordo com o perfil de cada aluno. Atividades como pintura, contorno de traços, atividades que liguem objetos ou animais iguais estão entre as opções do gameplay.
     

  • No ensino fundamental: Crianças com transtornos de leitura e escrita, como dislexia por exemplo, tem grandes dificuldades durante o período de alfabetização. Uma ótima ferramenta é o uso de literatura infantil. Várias atividades podem ser feitas auxiliando no desenvolvimento da leitura e da escrita. Usar livros digitais, com animações, trilhas e outros elementos lúdicos são ainda mais atrativos para as crianças. Além do objetivo pedagógico, as crianças terão momentos de diversão, interação e muita imaginação.
     

Foto: Atendimento psicopedagógico na AACD.

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