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3 exemplos de como incentivar o movimento maker na educação

Recentemente publicamos aqui no blog sobre o movimento maker na educação, destacando três exemplos práticos da cultura maker.

Hoje, vamos abordar a essência do movimento e como você pode implantá-lo na sua escola.  Nos Estados Unidos e na Europa, o desenvolvimento da tecnologia estimulou a cultura do faça você mesmo e impulsionou o crescimento do movimento maker na educação. Mesmo com menos recursos para o investimento em ferramentas tecnológicas, o movimento maker está ganhando cada vez mais espaço nas escolas brasileiras e serve como importante ferramenta para o estimulo da criatividade.

A essência do movimento maker é colocar a mão na massa e isso está mudando a educação no Brasil. O fato de experimentar algo na prática muda toda a percepção sobre o aprendizagem dos estudantes, que se tornam mais ativos no processo. O consultor Ricardo Cavallini, que implanta a cultura maker em empresas, traça o seguinte comparativo: na próxima década, quem não entender o conceito maker e não souber prototipar será considerado um analfabeto funcional, assim como quem não tem conhecimento em informática nos dias de hoje.
 

Passo a passo para implantar o movimento maker na educação

Uma das preocupações de Dale Dougherty, fundador da revista Make, primeira publicação especializada neste segmento, era que os nativos digitais não fossem apenas meros consumidores da tecnologia, mas que pudessem também usar a tecnologia para criar. A Make tem hoje uma tiragem mensal de 100 mil exemplares nos Estados Unidos e formou uma comunidade maker, que une desde fãs de tecnologia, até educadores e cientistas, além de inúmeros criadores.

O primeiro passo para implantar o movimento maker na educação é esse: criar uma comunidade. A realidade financeira de muitas escolas não permite a aquisição de impressoras 3D, máquinas de corte, perfuração, entalhe ou arduíno, mas essa limitação não pode impedir a propagação da cultura maker. Confira 3 dicas para implantar o movimento maker na educação, por meio do projeto pedagógico.

1) Criação do espaço maker – Para fortalecer o movimento maker na educação, é importante criar um espaço maker, que pode ser um laboratório já existente ou uma sala de aula adaptada para as criações. Neste ambiente, disponibilize vários materiais, como papéis coloridos, retalhos de tecidos, materiais recicláveis, balões, colas, madeira, tintas, botões, massinha de modelar e muitas ferramentas. Com esses materiais, os estudantes poderão criar protótipos e tornar reais os seus projetos, de qualquer natureza. Sugira a criação de brinquedos, jogos, trabalhos artísticos e até produtos funcionais em outras áreas. Por exemplo, criação de porta-canetas, calendários, e até uma tela de proteção ao mosquito transmissor da dengue, como no vídeo abaixo. 

2) Estimulo à comunidade maker – Professores de todas as disciplinas podem se envolver com o movimento maker na educação. Algumas disciplinas têm um pouco mais de afinidade, como artes e ciências, mas o ideal é que todos os professores se envolvam com a cultura de colocar a mão na massa. Como o ambiente geralmente é compartilhado por várias turmas e professores, a organização é fundamental. Defina critérios quanto ao bom uso do espaço e deixe claro a responsabilidade de cada aluno deixar tudo organizado e limpo.

3) Intercâmbio entre makers – Outro incentivo ao movimento maker na educação é a promoção de desafios, workshops e até intercâmbios entre comunidades makers. Essa interação pode ser tanto presencial, quanto por videoconferência. O importante é que os estudantes conheçam outras criações e mostrem os seus protótipos, descrevendo o que aprenderam no desenvolvimento do projeto e se ele pode resolver algum problemas social.

Ao implantar o movimento maker na educação tenha sempre em mente que o foco não é a tecnologia, mas o aprendizado. A tecnologia disponibiliza excelentes ferramentas, mas o movimento maker não é dependente dela. Mesmo que a escola tenha condições de oferecer ferramentas tecnológicas, o propósito deve ser que as crianças tenham liberdade para criar, tentar, produzir e testar na prática as suas ideias, e, por isso, o movimento maker deve ser incentivado desde o ensino infantil, com materiais que condizem com a sua faixa etária.. O quanto antes os estudantes aprenderem a prototipar, melhor preparados estarão para quando chegar o momento de usar a tecnologia, seja na escola ou no mercado de trabalho.

Você já estimula o movimento maker na educação?
Compartilhe conosco a sua experiência, use o espaço dos comentários!    

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