A grande quantidade de ofertas de tecnologia para educação pode confundir professores e coordenadores de escolas infantis sobre os critérios para adquirir dispositivos e jogos. Para ajudá-lo nessa decisão, o blog Aprender Brincando enumera alguns critérios para avaliar softwares educativos e escolher aqueles que realmente vão apoiar o aprendizado de seus alunos de forma lúdica e efetiva.
É importante ter contato com o jogo antes de decidir sobre sua aquisição e avaliar se ele:
Propõe desafios
Crianças são naturalmente curiosas, e um bom software educativo incentiva as crianças a explorarem o mundo a sua volta. Jogos da memória, quebra-cabeças, labirintos, jogos do tesouro (que têm dinâmica de perguntas e respostas para avançar rumo ao objetivo final) podem ser aplicados para exercitar quase todas as disciplinas, de português à matemática, de geografia à biologia.
Ensina a tomar decisões
Além das disciplinas, como já comentamos neste blog, o processo de ensino-aprendizagem na educação infantil e no primeiro ciclo do fundamental também deve levar em conta o debate sobre valores morais e éticos, que privilegiem o convívio com as diferenças da sociedade. Assim, jogos que ensinam o estudante a tomar decisões, a escolher entre o certo e o errado (na abordagem das regras de trânsito, por exemplo), permitem que a criança apreenda a noção de escolhas e consequências, fundamental para a formação de um adulto responsável e cidadão.
Dá vontade de jogar de novo
Esse é o nome que se dá aos games que dão vontade de serem jogados repetidamente – um aspecto mais comum nas brincadeiras não-educativas. Ou seja, ao avaliar se um software educativo é bom, observe se a criança tem o comportamento de pedir: de novo, vamos jogar mais uma vez.
Tem qualidade gráfica
Um bom software educativo precisa ter elementos atrativos e de fácil compreensão, que respeitem a linguagem das crianças conforme a faixa etária. Também deve ter recursos que permitam o acesso de crianças com deficiência. Além do visual, os sons de interação e de fundo do game têm grande impacto na receptividade dos pequenos e, consequentemente, em seus efeitos pedagógicos.
Respeita as diferenças de idade
Os softwares educativos precisam ter características diferentes para ter boa aceitação em cada uma das faixas etárias. Se o game não for divertido e atrativo, também não irá cumprir o objetivo pedagógico para o qual foi concebido. Para crianças de 2 a 7 anos, do período pré-escolar ou pré-operatório (segundo teoria cognitiva de Jean Piaget), os games devem ter gráficos com elementos de fácil compreensão, explorando cores e formas, trilhas agradáveis e inspiradoras, sons que instigam a imaginação e vozes caricatas. Os desafios propostos devem ser de fácil compreensão das crianças. Já para as crianças de 7 a 11 anos, do período escolar ou operatório-concreto, os games devem ter propostas de desafios mais sofisticados, buscando envolvê-las na busca de uma solução por meio do raciocínio lógico. O visual gráfico deve ter maior riqueza de detalhes, assim como a trilha e os sons também.
Um bom software educativo pode se tornar numa importante ferramenta pedagógica, oportunizando uma experiência totalmente inovadora de aprendizado, enriquecendo e auxiliando os demais recursos que o professor já utiliza em sala de aula.
Quais são as suas dúvidas na hora de avaliar softwares educativos? Compartilhe conosco!