O que é e como se calcula o IDEB?
O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica é o indicador que mede a qualidade da educação básica brasileira levando em conta os dados de aprovação do Censo Escolar e as médias de desempenho dos alunos em exames aplicados pelo Inep, como Enem, Prova Brasil ou Enade, entre outros.
É por meio do IDEB que gestores e autoridades avaliam a eficácia dos métodos pedagógicos aplicados em todo o país e podem tomar decisões e ações que conduzam as escolas à melhoria constante e a mais qualidade de ensino.
O IDEB é calculado a partir de dois componentes: aprendizado, que diz respeito ao resultado da Prova Brasil, e fluxo, que mostra o número de reprovações e evasão da escola. O resultado da multiplicação desses números forma o IDEB.
É importante ressaltar que o IDEB de cada rede educacional é diferente das outras, dada a desigualdade de ensino no país e o tamanho do território brasileiro. O objetivo é alcançar a nota 6 até 2022, número igual ao de países desenvolvidos — a meta, portanto, é desenvolver um método de ensino no Brasil equivalente a países desenvolvidos.
Por que o município deve alcançar a meta do IDEB?
Visto que o indicador é calculado a partir de dados de aprovação escolar obtidos pelo Censo aliados à média de desempenho do Sistema de Avaliação da Educação Básica, considerando dados de reprovação e evasão, uma boa média do IDEB significa um sistema ou método educacional mais eficaz, que por sua vez atrai mais atenção e oferece mais possibilidades de financiamentos e fomentos para o município.
5 passos para alcançar a meta
Lembramos que não existe receita pronta e perfeita para se alcançar a meta do IDEB; existem, no entanto, algumas atitudes que gestores e professores podem aderir para impulsionar o processo pedagógico. Listamos alguns deles:
- Ter metas claras com propósito definido
O projeto político-pedagógico precisa ser definido a partir de metas realistas com curto, médio e longo prazo, e toda a escola deve se mobilizar para analisar resultados parciais continuamente, propondo estratégias de melhoria onde for necessário.
- Valorizar educação e formação de professores
Apoiar os docentes nas suas práticas pedagógicas é fator fundamental para o sucesso da escola, afinal, eles são a linha de frente e representarão o PPP e as metodologias abordadas pela instituição.
- Focar no desenvolvimento do estudante como um todo, de forma trans e interdisciplinar
Já sabemos que os alunos não são apenas receptores de conhecimento, mas, sim, produtores ativos — a prática pedagógica então não deve ser a mesma de 30 anos atrás.
Valorizar a autonomia dos estudantes, a capacidade crítica, as habilidades socioemocionais e o uso da tecnologia (inclusive em sala) é fundamental para as novas gerações, assim como atividades que desenvolvem a colaboração.
- Desenvolver a criatividade dos alunos
Estímulos extras, como clubes de leitura e aulas no contraturno, permitem mais contato do aluno com o conhecimento formal e o consequente desenvolvimento de várias habilidades, como a capacidade crítica e analítica, além de motivação e entretenimento.
- Investir em tecnologias educacionais
A tecnologia já faz parte da vida de nossos alunos, especialmente os da geração mais nova, então incluí-la na sala de aula não só os prepara melhor para o futuro invariavelmente tecnológico que eles viverão, mas também desenvolve habilidades cognitivas e motoras importantes para crianças e jovens.
Hoje já existem várias tecnologias aliadas da proposta pedagógica, como a PlayTable, que une as habilidades e competências da BNCC ao aprendizado lúdico, inspirador e divertido.
Caso de sucesso do uso de tecnologia na educação
Fraiburgo é uma cidade catarinense que vem sentindo muito progresso econômico, social e educacional.
Há 10 anos, o município começou a investir em tecnologias para a rede pública educacional e hoje se posiciona como referência em inovação pedagógica.
Os alunos das escolas municipais contam com a PlayTable e podem aprender brincando ao mesmo tempo que flexibilizam e dinamizam o processo de ensino-aprendizagem, favorecendo também a metodologia aplicada pelos professores.
Com o investimento, Fraiburgo estava preparada para a BNCC que foi sancionada em 2018 e consegue hoje contar com um IDEB de 7,4, acima do nível nacional de 5,9.
Conclusão
O IDEB é de responsabilidade de todos os envolvidos no ambiente escolar. É preciso que os alunos permaneçam na escola e avancem para os anos escolares corretamente, o que é consequência de um time de professores qualificado e valorizado, que por sua vez é reflexo da gestão e da definição de metas. É claro que aprovar por aprovar gera uma métrica falsa: o foco ainda deve ser o aprendizado e a qualidade do ensino.